Governo Federal vai reduzir os custos de impostos da energia

O governo prepara novas medidas de estímulo à economia para a próxima semana. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 30, que elas estarão relacionadas à energia elétrica. O foco principal é a redução do custo que, segundo ela, se dará por meio da redução dos encargos setoriais que oneram a energia. "Essa redução de custo é a única forma que temos para enfrentar as décadas que virão", afirmou. "Iremos fazer um conjunto de medidas para reduzir o custo da energia baseado na reversão das concessões depois de vencido o prazo."
 
A presidente disse que o País precisa ter mais eficiência no que diz respeito à logística, energia e tributação para dar competitividade à economia. "Ninguém muda a estrutura tributária de um País de um dia para outro", afirmou. "A questão do fim da guerra dos portos é algo fundamental", afirmou. "Temos que tornar racional o custo da tributação. Ele não pode impedir o investimento."
 
Dilma destacou ainda que o governo está adotando uma série de medidas para fazer frente à crise. "Nós não permitimos que nossos olhos sejam só de curto prazo porque não teríamos conseguido, como fizemos no passado, e estamos fazendo neste momento, enfrentar as características mais permanentes dessa crise que chegou."
 
A presidente disse que não alterou a receita adotada pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "De fato, nosso modelo é de crescimento com distribuição de renda. Partimos de uma política de transferência de renda muito bem sucedida, herdada do presidente Lula, que se caracterizou pelo aumento emprego e pela saída da miséria de milhões de pessoas." Ela destacou o programa Brasil Sem Miséria, que ampliou o Bolsa Família e criou uma nova metodologia de localização das pessoas em situação de miséria.
 
Segundo ela, o Brasil Sem Miséria tem tido um papel fundamental no enfrentamento da seca que atinge Estados do Nordeste. "Se não tivéssemos feito isso (o programa), teríamos perdido nessa conjuntura as conquistas que levamos nove anos para construir", acrescentou.
 
A presidente também citou o programa Brasil Carinhoso, que incide sobre a distribuição de renda por faixa etária no Brasil. "Um país tem que cuidar da construção da nacionalidade, e ela passa por crianças e jovens. É inadmissível que o País só olhe o PIB. Ele tem que olhar o PIB, mas também o que faz com as crianças e jovens", completou.