Festival de Quadrilhas, muita brasa esquentando a fogueira das fofocas

 

 

Passadas os agitados dias de festival de quadrilhas, muita brasa ainda faz arder à fogueira das fofocas.

Como um balão, os comentários inflam os ânimos das quadrilhas, tanto dos que perderam como também dos que venceram a disputa do festival.

Nesta fogueira abrasadora as más línguas incineram os erros e acertos da organização do festival, e ao invés de roupas, passos, animação e música agora vence quem tem o maior e melhor argumento.

Como uma faca de cangaceiros, eles afiam piadas uns aos outros. Para o público, todos foram bonitos, mas todos com seus efeitos positivos ou negativos.

As rádios funcionam como o padre ou o juiz, que casam a vontade de dizer o bradar do ódio uns dos outros.

Neste arraia quem mais se queima na fogueira dos comentários é a cultura valenciana, que se vê ofuscada pelos julgamentos daqueles que insatisfeitos atiram para todos os lados, queimando os cartuchos, queira ou não isso reflete mais no pensamento de quem diz do que a espoleta de quem é alvejado neste cangaço de interesses contrariados.

Alguns radialistas fazem de seus microfones estopim e do tema quadrilha um barril de pólvora, que faz crescer o fogo dos comentários e da intriga entre os quadrilheiros e organizadores do festival.

Pode ser que quando agosto chegar, o gosto pela paz seja instalado e todos esses ardentes comentários esfriem das cinzas e renasça a tão esperada e necessária concordância entre os nossos tão bons quadrilheiros, e que o tempo que é o senhor da razão há de apagar as marcas deixadas pelo fogo da intriga. Paz, paz, paz.